MAS COM MAIS

Por: | segunda-feira, junho 16, 2014 Deixe um comentário

Por onde andam os pontos sempre tão finais da minha vida? Nós dois sabemos que o melhor era partir. Seria tão mais fácil se pudéssemos resolver isso numa matemática simples. Mas como é que mais com mais pôde dar menos?

Sabe, eu tenho medo de que você encontre uma bagunça mais organizada que a minha. De que não tenha mais ninguém para me puxar pelo tornozelo quando o caos da minha vida parece querer me engolir.
Um medo louco de que aquela foto que você tá com cara de quem não tem nada a ver com a minha paz vire uma sépia natural e esquecida. Tenho medo de não encontrar ninguém que volte para ver se a torneira e a porta estão fechadas e o gás desligado, e que você nunca mais tenha alguém que reafirme suas certezas antes de refazer tudo isso. Um medo doentio de nossa música continuar trilhando comerciais de cerveja e nós não possamos brindar a isso. Tenho medo de que, além dos meus pés, meu coração fique frio longe de você. Dá um medo danado imaginar minhas roupas e travesseiros sem o seu cheiro. De pensar em viver subtraída.
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