Mas é que quando te vi sorrindo e se aproximando, me perguntei como passei tanto tempo sem te ver. Porque só de desviar o rosto por um segundo eu já senti saudade. E você vem com essa cara de quem me procurou em todos os cantos, em todos os abraços, perfumes e beijos. Mas que só eu te basto. É que você sabia que me ganharia fingindo que se importa. E eu finjo que acredito, só para poder ceder.
Lembrei de quando conheci suas qualidades... E me perguntei por que raios eu gostava tanto dos defeitos. É só que... Eu nunca tinha tido vontade de agradecer alguém pelo simples fato de existir, sabe? Só por ser assim, desse jeito. E, bem, as coisas mudaram de cor e sabor desde que você me encontrou. E reencontrou. Reinventou. Reencantou. Recomeçou. E esses seus olhos, refletindo os meus, não facilitavam as coisas. Me deixaram com um grito preso na garganta. Uma vontade enorme de dizer ao mundo o quanto eu odeio conhecê-lo. Conhecê-lo, de fato. De tato, paladar e olfato. E quanto eu sempre odiei tê-lo. Tê-lo deixado calar esse grito mais uma vez com a sua boca. Tê-lo deixado esquecer todo seu perfume em minha roupa. E tê-lo deixado me ter. Por inteira. De segunda à segunda-feira.