O talvez por trás do não

O problema não era eu, muito menos você. Não era, porque no final das contas nós nem tentamos. Você se foi sem nem pensar em ficar. Juntou suas coisas, meus dvds e meu coração em uma mala. Deu um abraço de desconhecido, com tapinhas nas costas e foi embora. Não olhou para os meus olhos e muito menos pra trás.

Fiquei meses sem assistir os nossos filmes, apaguei todas as suas mensagens e aquelas fotos. Não que isso realmente tenha te deletado da minha vida - quem me dera - mas foi a única maneira que encontrei de ir me livrando de algumas lembranças. Depois procurei em mim e nos outros forças para não reagir mais toda vez que tocavam no seu nome. Sem sorrisos ou suspiros. Sem interesse ou pressa em mudar de assunto. 

Dessa vez eu não estou te esnobando e nem fazendo aquele joguinho que nós tanto gostávamos. Não brinco mais de fingir que não amo mesmo amando. Aqueles sonhos que você sempre fazia questão de aparecer, hoje são ocupados por pessoas que eu ainda nem conheço e meu único medo é reprovar na faculdade. As músicas que antes praticamente me surravam de tanto "você", hoje são recordações de coisas que "não eram pra ser".

Em