Carta à um d(ex)conhecido

Por: | quarta-feira, abril 10, 2013 Deixe um comentário

Eu nem sei por onde começar. É... Oi! Como você está? Porque há tempos não sei mais.
Espero que esteja bem, pois nunca estive melhor.
Há algum tempo atrás eu escreveria pra dizer que seu lugar era ao meu lado e que não queria te perder. Mas hoje admito, quem saiu no prejuízo foi você.
A gente tinha tudo pra dar certo - e deu. Tão certo que eu percebi que, na verdade, fico feliz por estar errada. A gente não tem nada a ver. Talvez até tivesse naquelas tardes, durante a semana ou no final daquela festa. Talvez até tivesse a ver na fila daquele caixa ou quando eu assistia uma comédia romântica. Naquele dia de chuva, naquela rua deserta. No corredor daquele supermercado. Talvez tivesse até mesmo a ver naquela música que eu gritei pra você ouvir ou antes de dormir, durante aquela ligação. Talvez tivesse a ver quando nos olhamos, juntos, no espelho ou quando você deixava eu brincar com seu cabelo, enquanto você brincava com o meu coração.
Mas era só isso. 
Só tinha a ver de vez em quando e eu não sou formada de meios, sabe? Meias certezas, meia hora, meio feliz e meio amada. Eu gosto de intensidade. Ou é tudo ou nada.
Lembra quando eu dizia que nada no mundo me deixava mais feliz do que você? Bem, eu estava errada.
Felicidade são dois completos juntos. Felicidade é 200%.
Nunca poderia ser feliz com alguém que olha mais no relógio do que nos meus olhos. 
Você era o tipo de cara que mandava mensagens dizendo que sentia saudade depois de dois dias e eu já te achava um idiota por mais duas semanas. O tipo ultrapassado, daquele que faz elogio exagerado. O tipo que pode até fazer dessas outras, menos para estar ao meu lado.
Agradeço e atravesso. Eu estava do lado errado da rua.
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