A peça que falta

Por: | quinta-feira, maio 23, 2013 1 comentário

Eu tenho vontade de sacudir até você entender que está me perdendo. Alô?! Oi! Até quando você vai olhar só pra frente e para trás? Eu estou bem aqui, do seu lado. Sempre estive.
Sabe todos aqueles caras? Os defeitos, no final, eram apenas um: Eles não são você. E isso sempre me fez desistir de toda e qualquer história de amor, porque sem o amor não tem história.
Eles até me fazem rir, me levam pra conhecer lugares diferentes, pessoas diferentes, músicas diferentes, perfumes diferentes... Mas eles não me fazem perder a cabeça. Não fazem minhas mãos suarem, minhas pernas tremerem e os pensamentos se confundirem. E eu sinto falta disso, sabe? Falta de gostar da última pessoa que eu gostaria no mundo.
Eu não quero você. Quero nós.
E você sabe que nenhuma dessas garotas que ficam menos de 5 horas na sua casa, na sua cama e na sua vida, deu certo porque não sou eu. Não sou eu acordando com a sua camisa, emburrada, implorando por mais cinco minutinhos. Você sabe que se depender de mim, a gente dorme dois dias seguidos. Não deram certo porque você nunca teve de ir até a casa delas buscá-las, é fácil demais encontrar no meio da pista. Não deram certo porque o máximo que você fez foi pagar um drink. Nunca um filme. Um jantar. Um almoço. Uma promessa. Não deu certo porque elas nunca vão tomar café da manhã descabeladas e conversar com a sua mãe como se fossem melhores amigas de infância. Você sabe que até o seu pai sente a minha falta, não sabe? A sua vida sente. A minha também...
Então vem. Mata isso que está nos matando aos poucos. Manda essa saudade embora de vez e fica do meu lado. Aqui não falta amor, não falta espaço e nem sobra. Esse lugar foi feito pra você.

Um comentário: Deixe o seu comentário

  1. Então você quer ser um escritor?

    se não vir estourando de você
    apesar de tudo,
    não escreva.
    a menos que isso saia de você sem permissão
    do seu coração, da sua mente, e da sua boca
    e seu âmago,
    não escreva.
    se você tem que se sentar por horas
    olhando para a tela do computador
    ou debruçado sobre o sua
    máquina de escrever
    procurando as palavras,
    não escreva.
    se você está fazendo isso por dinheiro ou
    fama,
    não escreva.
    se você está fazendo isso porque quer
    mulheres em sua cama,
    não escreva.
    se você tem que sentar lá e
    reescrever de novo e de novo,
    não escreva.
    se é duro trabalhar pensando em como escrever,
    não escreva.
    se você está tentando escrever como alguém
    como outro,
    desista.

    se você tem que esperar para que isso saia como um rugido
    de você,
    então espere pacientemente.
    se esse rugido nunca sair,
    faça outra coisa.

    se você, primeiro, tem que ler a sua esposa
    ou sua namorada ou seu namorado
    ou seus pais ou a quem quer que seja,
    você não está pronto.

    não seja como tantos escritores,
    não seja como tantos milhares de
    pessoas que se dizem escritores,
    não seja maçante e chato e
    pretensioso, não seja consumido pelo
    amor próprio.
    as bibliotecas do mundo têm
    bocejado a
    dormir
    sobre o seu tipo.
    não seja mais um.
    não escreva.
    a não ser que saia da
    sua alma como um foguete,
    a não ser que isso faça-o
    levar à loucura ou
    suicídio ou assassinato,
    não escreva.
    a menos que o Sol dentro de você
    queima seu âmago,
    não escreva.

    quando for realmente o tempo,
    e se você for escolhido,
    ele irá fazê-lo por
    si e vai continuar a fazê-lo
    até que você morra ou ele morre em você.

    não há outra maneira.

    e nunca houve. Bukowski

    ResponderExcluir