Um dia como hoje

Por: | quarta-feira, setembro 28, 2011 1 comentário

Um dia desses eu acordei e o dia estava meio feio. Justo quando eu estava me sentindo meio bonita... Então decidi ligar para aquela amiga meio engraçada, na esperança de sair e tornar aquele dia mais interessante. Ela me contou uma de suas confusões enquanto me explicava o motivo de não poder sair, o que me fez mudar de ideia. Quando desliguei não consegui parar de rir. Pensei em ligar para ele contando o que tinha acabado de ouvir, porque sabia que gargalharia ao saber. Mas foi ai que lembrei: “A gente não se fala há uma semana”.
Outro dia eu tive um dia daqueles. Começou errado e foi acontecendo assim, todo errado. Assim que cheguei em casa pensei em mandar uma mensagem de texto “que dia horrível”, mas então lembrei: “A gente não se fala faz um mês!”.
Em uma semana dessas o time dele ganhou um jogo importante. Pensei no quanto ele deveria estar feliz. Lembrei de quando me ligava exaltado após os, aproximadamente, 90 minutos de agonia. Peguei o celular no mesmo instante, mas já veio em mente “poxa! Já tem dois meses". Mas quando a banda favorita dele ia tocar em um barzinho, eu pensei que mandar um e-mail avisando seria legal. Não tão íntimo. Nada de beijos ou abraços ou “ainda tenho você em mente”. Só o flyer anunciando o show da banda. Mas ele ia sacar que eu lembrei. Ia sacar que ainda estava pensando nele. Ia sacar que estava sentindo falta. Deixa pra lá, é loucura mesmo. Já tem quase três meses!
Aí apareceu um cara legal e eu decidi que já era hora de seguir em frente. Na volta para minha casa eu ensinei um caminho muito prático e pouco conhecido. "Nossa, ótima tática! E você nem dirige, como sabe?" "Ah, eu aprendi, porque o..." Silêncio. Era o caminho que aquele cara, não tão legal, e não tão esquecido, fazia.
Um sábado à noite, depois de um desses que ocupam sua cabeça o dia inteiro, eu cheguei em casa com uma amiga e resolvi verificar as novidades do meu outro celular, aquele que fica com o número antigo. Algumas mensagens e uma ou duas chamadas perdidas de um número desconhecido. Perguntei se ela conhecia aquele número. Rapidamente ela procurou em seu celular e fez uma cara de espanto. "O que foi?" "É o número dele!" "Dele quem, amiga? Seu ex?" "Não, o seu!"
Pois é, eu já havia esquecido. Afinal, quanto tempo já fazia? Não importava mais. Não importa mais.

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