Quando vira mais uma bituca

Por: | quarta-feira, agosto 08, 2012 1 comentário

Não era amor, era vontade. E vontade passa. Chorar é coisa que se faz em casamentos e funerais... Não nas noites de sábado. As pessoas me perguntam sobre você e eu nem tenho mais o que responder. Não sei onde você está, o que faz ou deixa de fazer, com quem anda e quem é. Sei apenas o seu nome. 
É só que... Passou. Passou de mim e você por mim. E eu continuei parada. Nada saiu do lugar - nem o meu coração. Só o que ficou foi o cheiro do seu cigarro aceso.
E por falar em cheiro, nem lembro mais daquele seu perfume que eu dizia amar. Na verdade, percebi que não amava nem o perfume. Depois que apaguei seu número da minha agenda não faço ideia se me mandou alguma mensagem, ou sequer se a voz do outro lado da linha - ou da ligação por "engano" - já foi sua. É... Confesso que não saber seu número de cor facilitou muita coisa nos finais das baladas. 
Mas o cigarro apaga, sabe? Ele queima, você assopra, assopra, assopra, mas a brasa não apaga, só aumenta. O jeito é jogar pra longe e deixar que alguém pise por você. Afinal, existe um maço inteiro ainda pra acender a hora que quiser, a hora que tiver outra vontade.

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  1. Exatamente. Sempre estamos recomeçando. E saiba: quando é de verdade, sempre fica conosco. Não como uma dependência ou saudade, apenas fica.

    Beijos,
    http://eppifania.blogspot.com/

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