Ainda

Por: | terça-feira, outubro 01, 2013 Deixe um comentário

Ei, lembra daquela noite em que te contei sobre o ciclo que minha vida nunca deixaria de seguir? É... naquele mesmo dia em que você me olhou com olhos de promessas, enquanto falava que isso era o que me impedia de conhecer pessoas novas. Um pouco antes de sorrir como quem achava tudo isso um pouco de loucura. Bem, então... Eu te quis ali. No meio daquela rotina interminável, você foi o único que teve coragem de enfrentar o vendaval e me puxar de tudo aquilo, com uma calmaria que só encontrei na sua voz.

Foi ali. Bem ali. Te quis naquele copo de cerveja. E, logo depois, naquela partida de bilhar - que você perdeu. Te quis durante as batidas daquela música horrível que trilhava aquele lugar tão legal em que você me levou. Te quis nos dias de febre que tivemos depois daquela chuva. Quis até mesmo dormir e acordar com esse seu jeito péssimo de contar piadas, o seu pessimismo e mau humor. É que no fundo eu até acho graça da sua pirraça.
Não que seja toda essa baboseira de amor, porque jurei pra mim que nunca sentiria isso. Mas é tudo tão parecido com esses filmes mela-cueca, tão enjoados, que às vezes tenho vontade de nomear essa sensação esquisita assim.
Abriria mão de todo o meu passado se seus passos e braços quisessem se juntar aos meus. 

Psiu, abre esses olhos pra enxergar o que sempre esteve escancarado na minha testa. Eu ainda estou aqui. Continuo pedindo todas as noites para que você não deixe essas borboletas idiotas irem embora. Vem, ainda há tempo. Ainda há.
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